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O objetivo deste trabalho é investigar a representação do adolescente negro em reportagens jornalísticas veiculadas em dois sites brasileiros. No contexto do racismo estrutural que marca o país, a mídia reverbera e fortalece estereótipos que vinculam os negros à marginalidade, à exclusão e à alteridade. A cobertura da adolescência em geral, por sua vez, reitera a representação dos jovens como sujeitos sem protagonismo. Por meio da análise de conteúdo, coletamos textos que abordam os adolescentes negros no portal de notícias generalista G1 e no site Alma Preta, especializado na temática racial, no ano de 2020. Como resultados, vimos que os jovens aparecem sobretudo como vítimas de violência e racismo, e suas vozes estão pouco presentes, em ambos os veículos.